Portanto o desenvolvimento grafomotor está dependente de algumas aquisições prévias: uma coordenação visuomotora ajustada, constância da forma, memória visual e auditiva, uma correta pega da preensão do lápis, boa coordenação entre preensão do lápis e pressão sobre o papel, uma integração do traço na estrutura bidimensional do papel, a automatização do varrimento perceptivo-motor, a capacidade para codificar e decodificar os sinais visuais e auditivos, uma melodia cinética na rotação e encadeamento de sequências (Adelantado, 2002).
García (2003, in Riaño, 2004) refere que a grafia passa por 2 fases: o reconhecimento (implica um mecanismo de ensaio para compreender a dimensão, direcionalidade, relação e orientação que permita aceder à escrita) e a apropriação (em que se desenvolve uma estrutura mental estável que permite diminuir o esforço do reconhecimento).
O termo grafomotricidade deriva da palavra grega graphé, que simboliza escrita, e da palavra latina motricitas, que significa capacidade de mover-se (Riaño, 2004). A grafomotricidade tem por objetivo de análise os processos que intervém nas realizações das grafias, assim como o modo como estas podem ser automatizadas.
Considerada assim, a grafomotricidade pode ser entendida como o componente de execução que há na escrita. No entanto, escrever é diferente de desenhar ou copiar letras, pois uma vez copiando letras não produzimos linguagem, ainda que copiar e desenhar letras façam parte necessariamente do processo de aprendizagem da escrita.
Para Adelantado (2002), a grafomotricidade encontra-se numa encruzilhada de 4 âmbitos:
- o desenvolvimento psicomotor
- o desenvolvimento psicolinguístico
- a aquisição de aprendizagens perceptivo-motoras
- aquisição de aprendizagens da língua escrita e oral
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